Gatos e os Vikings

Gatos e os Vikings

Durante os séculos VIII ao XI, os Vikings eram conhecidos como pessoas que viajavam através dos mares, seja por comércio ou para invasão. Diziam que os vikings possuíam animais de estimação para várias finalidades. Além dos cães, os gatos eram provavelmente um dos animais preferidos. Há várias evidências mostrando que os vikings estavam diretamente em contato com os gatos. Como os gatos não eram animais de fazenda, a suposição feita por historiadores é de que os gatos eram os animais de estimação desse povo. 

Como os vikings passavam maior parte do ano em um navio, os vikings costumavam levar seus bichanos para caçar os ratos, atuando, dessa forma, como companheiros e protetores. 

Também vale destacar que os gatos tiveram um significado religioso durante o período viking. Eles estavam diretamente associados a Freya. Os vikings costumavam dar um gato a uma noiva para que ela pudesse estabelecer com sucesso um lar feliz com o marido. Freya também teve grande importância no estilo de vida, pois acredita-se que ela havia descido em um carrinho puxado por gatos. Embora possa parecer um pouco estranha essa história, os gatos que puxaram o carrinho com Freya não eram gatos comuns. Segundo historiadores, esses gatos eram chamados de "Skogkatt", que significa literalmente "gatos da montanha" em norueguês. Acredita-se que a raça Norwegian Forest Cat seja descendente desses animais de estimação históricos.

Essa raça de gatos são encontradas nas regiões da Noruega e Dinamarca e a estrutura óssea e a forma muscular forte fizeram com que essa raça fosse completamente diferente dos gatos domésticos. 

Norwegian Forest Cat

 

Os vikings tiveram uma relação completamente diferente com esses gatos durante um tempo, não porque eram mantidos como companheiros de Freya, mas por serem fortes e, para tanto os vikings e os gatos foram feitos para sobrevier ao rigoroso clima norueguês. 

Como os vikings costumavam viajar com os felinos, eles podem ter se espalhado em partes diferentes do mundo e seus genes transferidos pela reprodução. As origens dos gatos domesticados são ainda um mistério, mas uma análise genética sugere que os felinos viajavam o mundo com fazendeiros e vikings. 

De acordo com a revista Nature, a análise genética mais ampla revela que houve duas ondas de expansão dos gatos. Na primeira onda, os gatos se espalharam do Oriente Médio para o Mediterrâneo, ao lado de agricultores. A segunda onda começou no Egito, onde os gatos eram sagrados, e se espalhou por mar até a Eurásia e a África. Essas descobertas são devido a um estudo do DNA mitocondrial de 209 gatos cujos restos foram preservados em sítios arqueológicos e essa pesquisa foi apresentada no 7º Simpósio Internacional de Arqueologia Biomolecular que aconteceu no Museu de História Natural da Universidade de Oxford, em 2016. 

Em uma nova pesquisa, concluiu que essa segunda onda da expansão felina ocorreu há milhares de anos, a partir do século IV a.C., onde o DNA de gatos egípcios foi encontrado no norte da Alemanha em um sítio viking, onde eles, provavelmente mantinham os gatos em seus navios para caçar ratos e camundongos. Ou seja, os vikings em sua busca para conquistar o mundo também trouxeram os felinos felpudos em seus navios.

Também foi analisada a sequencia de DNA nuclear conhecidas por dar aos gatos tabby as suas peles manchadas e descobriu que a mutação responsável não apareceu até o período medieval. 

É importante destacar que a pesquisa ainda está em andamento e que estas são apenas as descobertas iniciais, podendo estar sujeitas à alterações à medida que a pesquisa avance. 

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Por Juliana Hembecker Hubert