Vikings: eles somente pilhavam e saqueavam?

A palavra "viking" pode ser traduzida como pessoas que invadiam e saqueavam outras terras. Mas será que eles somente faziam isso?

Os vikings viajaram da Escandinávia até a Rússia, e por volta de 1100, acabaram se estabelecendo na Groelândia, Islândia, Inglaterra, França, Rússia, Normandia, além de seus países de origem: Suécia de Noruega. Porém, com esses assentamentos, os vikings estavam começando a se cristianizar, a exemplo dos assentamentos da Normandia. 

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Mas, mas do processo de cristianização, os vikings acreditavam nos seus mitos, o qual era passado oralmente entre as gerações. Essas histórias eram passadas através dos Skalds, que era a denominação para poetas ou contadores de histórias. Dessa forma, as histórias dos deuses nórdicos não tinham sido escritas até depois da cristianização, sendo que somente na obra de Snorri Sturluson, com a Prosa Edda. A Prosa Edda nada mais era que um pequeno manual para os esquadrões de viagem que falavam das histórias dos deuses.

Os vikings desenvolveram um culto em torno de Odin, o deus da morte e da batalha, bem como havia cultos em torno de outros deuses, como Frejya e Thor. 

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Quando Odin derrota os gigantes do gelo, é visto como uma vitória contra o frio. A Noruega e a Suécia, assim como a Groenlândia, têm condições muito frias e severas que dificultam o crescimento da vegetação e sua fonte de alimento é principalmente o peixe. Durante os meses de inverno, os mares congelam e os barcos ficam presos, deixando os nórdicos sem saída de suas terras. Os vikings também temiam o inverno, porque nos mitos haverá três anos de inverno quando Ragnarök começar.

A profecia de Ragnarök tinha importância vital na sociedade viking. Em outras sociedades ao redor do mundo, todas tinham suas próprias profecias do fim do mundo, sendo que as profecias afetam todas as religiões, pois criam um plano para a vida cotidiana em todas as culturas.

Na cultura nórdica, para alcançar Valhalla, um homem deve morrer em batalha. As Valquírias que andam pelo campo de batalha e escolhem homens para morrer para que possam ser enviados para Valhalla para lutar em Ragnarök.

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Vale destacar que na cultura escandinava, as profecias coincidem com a adivinhação, sendo que a arte da adivinhação é vista como um ritual de paganismo e principalmente associado à bruxaria. Os vikings buscavam adivinhação para consultar profecias e assuntos do futuro. Na mitologia, os destinos são chamados de Narns, sendo que os Narns são a forma nórdica do destino grego, onde se gira o pano da vida, o segundo mede a vida útil e o último corta o fio para selar o destino dessa pessoa.

Os vikings consideravam sua religião um modo de vida sério. Sua religião estava entrelaçada em suas vidas, na qual trabalhavam para agradar os deuses diariamente. Eles participaram de sacrifícios religiosos para ganhar o prazer de seus deuses.

Os nórdicos tinham áreas de culto, principalmente um bosque sagrado ou um objeto colocado em uma área específica. Os poemas eddicos se referem à construção de locais de culto, como o altar de madeira alta e o templo dos Völuspá. 

Cada dia da semana também seria dedicado a um deus, como quinta-feira (dia de Thor) e quarta-feira (dia de Wodin). Os vikings também oravam a Njord para protegê-los durante suas viagens marítimas e realizavam festas em homenagem a cada deus diariamente.

Hoje, as pessoas ainda são fascinadas pelas histórias da mitologia nórdica. Tolkien pegou muitas idéias de Edda, usando-as em suas obras do "O Senhor dos Anéis". A Marvel também usou a mitologia em sua história em quadrinhos Thor, que se torna um membro dos Vingadores e seu arqui-inimigo é o deus Loki. Os mitos de fadas, elfos, gigantes e monstros vêm dos nórdicos, dando-nos os contos de fadas que conhecemos hoje. Os mitos dos deuses e criaturas nórdicos sempre terão um papel importante na vida das pessoas hoje.

Fonte:historycollection

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 Por Juliana Hembecker Hubert