A Batalha de Taranto

A Batalha de Taranto

25/09/2018 10:00

O ataque surpresa dos britânicos durante a Batalha de Taranto tem uma semelhança com o ataque japonês a Pearl Harbor, apenas um ano depois.

Na noite de 11 de novembro, o convés do HMS Illustrious havia se tornado um lugar bastante movimentado. Ele estava se preparando para lançar uma missão sem precedentes. A ordem final era realizar um ataque completo contra a frota italiana. A Batalha de Taranto estava prestes a começar.

Os aviões estavam sendo alinhados, totalmente abastecidos e armados, as tripulações estavam com seus casacos Irving forrados com pele. Eram biplanos Fairey Swordfish, modelo K4190 Mark II. 

No porto italiano, tudo estava calmo. No dia 11 de novembro era comemorado a participação da Itália na vitória em 1918- Dia do Armistício que terminou com a Grande Guerra. Geralmente essa data era comemorada com fogos de artifícios, mas este ano foi diferente. O governo italiano achou por bem que era impróprio comemorar a vitória sobre um antigo inimigo, que agora era aliado. 
 
Os biplanos que estavam na missão, com seu motor, poderiam atingir uma velocidade máxima de 137 mph, mas carregando um torpedo, mal conseguia alcançar 120mph. Dessa forma, sendo o destino final a 170 km, o trajeto levaria cerca de duas horas para ser percorrido, chegando por volta das 22 horas, no horário costumeiro do jantar dos italianos. 
 

A primeira aeronave que chegou foram os desbravadores, que estavam voando a uma altitude de 5000 pés. Eles jogaram os flares e em seguida, a luz de magnésio transformou a noite em dia. Os italianos ficaram surpresos e imóveis. O primeiro avião com torpedos chegou quase ao mesmo tempo em que o primeiro sinal foi dado. Seguindo um atrás do outro, estava o restante da primeira onda de ataque. Com a luz dos flares, os pilotos puderam discernir os locais previstos dos navios e dos cabos pendurados nos balões de barragem.

Os italianos acreditavam que haviam protegido seus navios adequadamente com redes de torpedos nas quilhas dos navios. Mas, os torpedos britânicos foram alterados para compensar essa defesa e correr abaixo das quilhas dos navios alvo e, graças a dispositivos internos chamados de Duplex Pistols, poderiam detectar os cascos de aço e explodir abaixo da rede de torpedos.

Cada biplano se alinhava em um alvo e descia até a altura da queda de torpedos. Três navios de guerra: o Conte de Cavour, Caio Duilo e Littorio foram atingidos por torpedos com resultados devastadores. O Conte de Cavour afundou no raso do porto e os outros dois foram severamente danificados.

A segunda onda de ataques chegou. Alguns dos aviões estavam equipados como bombardeiros de mergulho e agiam como tal. Ao contrário da maioria dos bombardeiros de mergulho, não foi necessário desacelerar o motor do Swordfish durante o mergulho. Nessa noite, os bombardeiros britânicos foram muito eficazes. Dois cruzadores foram extremamente danificados, dois auxiliares foram afundados e os galpões dos tanques de combustível e depósitos foram destruídos. 

O porto italiano pegou fogo com a queima de navios, tanques de óleo. Os dezenove biplanos sobreviventes começaram a se reunir para voltar para casa. Porém, três tripulantes britânicos de aviões abatidos foram feitos prisioneiros; o quarto tripulante foi morto. Mas, apesar dessas baixas, os aviões sobreviventes mostraram poucas avarias e a Marinha Italiana sofreu perdas severas. Não somente pelos navios que foram afundados, mas houve vários navios danificados, o que fez com que os italianos reconhecesse que Taranto não era seguro para sua frota. A Batalha em Taranto foi notícia de primeira página nos jornais.
 
 
 
 
     
 

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Por Juliana Hembecker Hubert