A Guerra nas Montanhas

Quando falamos em I Guerra Mundial, logo nos vem à mente a guerra nas trincheiras. Mas, o que poucos sabem é que algumas das batalhas mais sangrentas foram travadas nos altos das montanhas na Itália. 

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No início da Guerra, a Itália estava de olho em vários territórios controlados pelo Império Austro-Hungaro ao longo da costa dos Alpes. Porém, mesmo fazendo parte da Tríplice Aliança, depois que os britânicos prometeram as terras desejadas em troca de lealdade, os italianos mudaram de lado e acabaram declarando guerra à Áustria-Hungria. 

As tropas italianas rapidamente marcharam para posições austro-húngaras no planalto cársico e nos Alpes Julianos, na esperança de avançar com velocidade e números avassaladores.

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Mas com defesas fortificadas em terreno elevado, os austro-húngaros foram capazes de repelir um ataque após o outro. Cinco batalhas foram travadas ao longo do rio Isonzo entre junho de 1915 e março de 1916, todas terminando com baixas pesadas e um impasse tático.

Porém, lutar no terreno elevado e montanhoso apresentava desafios e perigos únicos. As tropas muitas vezes tinham que escalar os penhascos para alcançar as posições inimigas e o terreno rochoso tornava as bombas de artilharia ainda mais mortíferas.

Enquanto que nas trincheiras da Frente Ocidental grande parte dos estilhaços era absorvida, as rochas quebradiças da Frente Italiana se despedaçaram em lascas cruéis, levando a baixas 70% mais altas.

A Sexta Batalha de Isonzo, em agosto de 1916, resultou em modestos ganhos italianos e espíritos levemente empolgados, mas logo foi seguida por mais batalhas de atrito brutal e sem vencedores. Até os menores ganhos em território tiveram que ser abandonados quando os suprimento não conseguiram acompanhar esses avanços.

Mas, temos que destacar as avalanches. Em 13 de dezembro de 1916, cerca de 10 mil soldados foram enterrados vivos em virtude de uma avalanche. 

Em outubro de 1917, as tropas austro-hungaras acabaram recebendo reforços das tropas alemãs, derrotando os italianos na Batalha de Caporetto. Nesta batalha houve o uso de gases venenosos e táticas de infiltração recém desenvolvidas na Alemanha.

Em outubro de 1918, o império austro-húngaro estava em colapso, com territórios proclamando independência e tropas desertando em massa.

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Os italianos finalmente deram um empurrão bem-sucedido nas linhas inimigas. Em 3 de novembro de 1918, 300.000 tropas austro-húngaras se renderam e um armistício foi assinado.

A guerra acabou, mas seus efeitos foram permanentes. Cada lado sofreu mais de dois milhões de baixas.

Fonte:mashable

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Por Juliana Hembecker Hubert