Abrigos anti aéreos

Abrigos anti aéreos

03/10/2019 10:00

Os abrigos anti aéreos, antes do século XX não eram muito utilizados, mas com a eclosão da II Guerra e dos ataques aéreos, os abrigos tiveram sua importância e foi onde começaram a evoluir. No início, os abrigos consistiam em porões, mas sua efetividade não era muito boa, pois em alguns casos, as pessoas que estavam ali abrigadas, acabaram ficando presas. Também há casos em que as pessoas foram envenenadas por monóxido de carbono.

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Diante disso, as pessoas começaram a usar estruturas mais fortes, como as estações de metrô. Esses eram os abrigos públicos. No entanto, o governo teve uma preocupação com esses abrigos, pois havia propagação de doenças, uma vez que as estações de metrô não estavam preparadas para esse fim, pois não havia dispositivos de segurança. Ademais, algumas pessoas ficavam de forma permanente nas estações, com receio dos ataques.

Durante os ataques, os cidadãos britânicos se reuniam nas estações com roupas e alimentos preparados para passar o tempo que fosse. A polícia não tentou remover essas pessoas das estações, e isso acabou forçando o governo a mudar sua atitude: parte das linhas de metrô foram fechadas e quase 80 estações foram equipadas com beliches para cerca de vinte e duas mil pessoas, banheiros adequados e instalações médicas.

Além dos abrigos anti aéreos nas estações de metrô, na Inglaterra também foram construídos abrigos nas ruas para as pessoas que estavam fora de casa durante os ataques. Construídos de tijolo e concreto, cada um podia acomodar cerca de cinquenta pessoas e também tinham quartos para dormir com seis camas cada.

Porém, esses abrigos não foram muitos resistentes nos primeiros ataques e houve casos de tetos desabando e alguns até inundaram. O governo realizou algumas melhorias e reforçou esses abrigos, mas a posição deste era de que as famílias deveriam ter seus próprios bunkers em casa. Sendo assim, o abrigo Anderson foi um dos mais populares na Inglaterra. Com sua estrutura feita de aço, esses abrigos poderiam acomodar cerca de seis pessoas. Esses bunkers eram no subterrâneo e cobertos com terra, onde a maioria das famílias acabaram plantando flores e até fazendo uma horta em cima dos abrigos.

Esses abrigos poderiam ser equipados de acordo com as necessidades de cada família, permitindo criar um ambiente confortável. Porém, as pessoas que não poderiam pagar por esse abrigo, o governo arcou com os custos. Foram construídos quase quatro milhões de abrigos no estilo Anderson, os quais tinham um bom desempenho durantes as raids, podendo suportar explosões, uma vez que eram capazes de absorver a energia do impacto sem desmoronar. Porém, eles eram frios e úmidos no inverno e podiam inundar quando chovia.

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O abrigo Morrison foi projetado para ser usado em ambientes fechados. Com cerca de 1,80 metros de comprimento, 4 metros de largura e 2 metros de altura, esse abrigo tinha placas de aço, com cerca de 400 peças em que o próprio morador tinha que montar. Esse tipo de abrigo não era para resistir a um ataque direito, mas tinha como função primordial salvar a vida dos moradores, caso a casa fosse destruída em um bombardeio, ou seja, era para somente suportar uma casa desabando sobre si mesma. O design desse abrigo permita que a família dormisse durante a noite, e durante o dia, poderia ser usado como mesa para as refeições. Cerca de 600 mil abrigos Morrison foram distribuídos.

Na Alemanha, foram criados os “Hochbunkers”, que eram bunkers de palafitas, os quais eram construídos em áreas com grande concentração de população e foram considerados seguros durante um bombardeio. Esses bunkers eram feitos de concreto e tinham vários andares, sendo especialmente projetados para manter a temperatura agradável.

 

Durante e após a II Guerra, esses bunkers também foram usados para armazenar documentos importantes,  obras de artes e trabalhos científicos. Alguns bunkers eram ornamentados, o que acabavam deixando-os atraente. No fim da guerra, muitos acabaram sendo convertidos em edifícios públicos, escolas e hotéis.

Atualmente, ainda há abrigos anti aéreos, embora as pessoas não pensem em sua necessidade. Na Suiça, as casas são construídas para terem abrigos, e  a Finlândia, tem a capacidade de abrigos para proteger 70% de sua população. Alem disso, cada abrigo é obrigado por lei a ter uma lista de itens que contem dentro.

Fonte: warhistoryonline

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Por Juliana Hembecker Hubert