Airborne Cricket

Airborne Cricket

26/09/2018 10:00

O cricket foi um material muito barato para ser produzido e foi o que salvou muitas vidas na invasão do Dia D. 

O cricket cliker ou clicker clacker fornecia um som "click" distinto quando o aço era pressionado contra o corpo de bronze do dispositivo de 2 polegadas. 

Esse "dispositivo" se tornou muito popular com o seriado "Band of Brothers"da Easy Company, uam vez que os paraquedistas americanos tinham um cricket, que era na verdade, usado para identificar um ao outro. Enviados aos soldados quatro dias antes de desembarcarem na Normandia, o dispositivo forneceu um meio pelo qual os americanos se comunicavam no escuro: Um clique significava "Quem está ai?"; dois cliques em resposta era: "amigo".

Mas, com o passar dos anos, acabou surgindo uma controvérsia sobre quais divisões da Airborne realmente receberam o cricket.

 
 
Um fato notório e certo quue, quem criou o cricket foi o Brigadeiro General Maxwell D. Taylor, comandante geral da 101ª Divisão da Airborne. Taylor acabou chegando à 101ª Divisão em março de 1944, após serviço com o 82ª Airborne no Norte da África e na Sicília, onde, em saltos anteriores, demonstraram que as tropas precisavam de alguma maneira pra se comunicar no escuro. 
 
De acordo com a história da 101ª Divisão, o cricket foi somente usado apenas por esta divisão, embora algumas publicações e filmes sugerissem que a 82ª também usasse. No livro "The Longest Day", Cornelius Ryan cita vários casos em que os paraquedistas de ambas divisões usaram o cricket.

Mas, aí que reside o mistério. Os homens do 101ª só receberam o cricket ou as tropas do 82ª também? Jim Patton, secretário executivo da 101ª Divisão chegou à Normandia às 00:37 no Dia D em um C-47 em chamas, bem como o Primeiro Tenente do 501º Regimento de Infantaria Paraquedista. Segundo Patto, foi avisado à ele que somente os paraquedistas da 101ª haviam recebido tal dispositivo.

Don Lassen, um soldado do 505º Regimento de Infantaria Paraquedista da 82ª Airborne disse que: "Não há mistério (...) eu tinha um cricket e presumo que o resto da 82º também tiveram. Quando cheguei às 2 da manhã, estava tudo muito escuro. Eu estava totalmente sozinho em um campo (...) não encontrei ninguém, então fui até uma sebe mais próxima que encontrei e ouvi alguém chegando. Esperei que o som se aproximasse de mim e, alguém da 101ª usou o cricket e então, nós dois estávamos bem".

Lassen ainda continua: " O cricket salvou muitas vidas. No escuro não havia como identificar um indivíduo sem o cricket. Se eu gritasse: "Halt! Quem está ai?", eu poderia estar morto. O cricket não era bom antes de aterrissarmos e não era bom na luz do dia. (...) Na minha opinião, esse foi um dos engenhosos dispositivos que o Exército dos EUA já criou".

Joe Beyrle, como membro do 506º Regimento de Infantaria Paraquedista da 101ª Divisão, que foi preso pelos alemães quatro dias após o Dia D, ele diz estar certo que os crickets foram emitidos apenas para o pessoal do 101ª Divisão.

Segundo Beyrle: "Eu sei de fato que a 82ª Airborne não recebeu os crickets. Eles poderiam ter se apossado deles, mas eles não foram emitidos, independentemente do que foi dito. O cricket foi a criação do General Taylor, que teve ajuda do Tenente Coronel Harry Kinnard, oficial do 501º Regimento". 

Independente se foi usado por uma Divisão ou por ambas, o cricket, com certeza, salvou muitas vidas de fogo amigo.

Uma curiosidade: os crickets autênticos são muito escassos, uma vez que a maioria dos paraquedistas descartaram os seus, pois temiam que os alemães soubessem do dispositivo e o usassem contra as tropas americanas. 

 
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 Por Juliana Hembecker Hubert