As granadas de mão
25/06/2019 10:00
As granadas começaram a ser usadas por volta do Século XV, onde consistiam em bolas de ferro ocas, cheias de pólvora, que eram acessas por pavios. A palavra granada deriva da palavra francesa "grenade" para romã, pois as primeiras granadas se assemelhavam à fruta, devido à sua forma bulbosa. Quando entraram em uso, as granadas foram consideradas extremamente eficazes quando explodiam entre as tropas inimigas.

Porém, muitos historiadores dizem que o primeiro uso conhecido do que poderia ser chamado de granada de mão foi no século VIII d.C. pelos bizantinos. A granada bizantina era essa da foto ao lado.
Também nesta época, os chineses e os mongóis fizeram avanços importantes no uso da granada. Ambos os povos usavam regularmente flechas de fogo e pequenos foguetes em batalha. Para essas armas eles adicionaram caixas de metal que continham material explosivo usado para granadas incendiárias.
No final do século XV, a ideia de usar pólvora como arma explosiva em vez de propelente para a artilharia estava se tornando popular. O verdadeiro uso destrutivo da pólvora surgiu em 1495, quando Francesco de Giorgio Martine empregou barris de pólvora para explodir uma seção de muro no Castel Nuovo, em Nápoles.

Durante o Século XVII, os exércitos começaram a formar divisões especializadas no lançamento de granadas,os quais foram chamados de granadeiros, e por um tempo, foram considerados combatentes de elite.
No Século XIX, as granadas foram praticamente deixadas de lado, pois a precisão e o alcance das armas de fogo haviam melhorado, diminuindo, dessa forma, o combate próximo. Porém, em 1904, as granadas voltaram a ser usadas durante a Guerra Russo Japonesa e, durante a Primeira Guerra, a eficácia da granada em atacar posições inimigas, colocou as granadas em destaque novamente.

A Primeira Guerra Mundial é considerada a idade de ouro das granadas de mão, pois até 50 novos projetos foram introduzidos durante o conflito. As granadas de mão da Primeira Guerra Mundial foram detonadas por impacto ou por fusível de tempo. A ignição por impacto, era perigosa porque o impacto poderia ocorrer antes que o manipulador se aproximasse do inimigo. Por esse motivo, as granadas cronometradas acabaram vencendo.


A primeira granada segura foi a Bomba Mills, inventada pelo engenheiro inglês William Mills, no ano de 1915, que acrescentou melhorias na segurança de quem arremessa e uma melhor eficiência. O modelo tinha uma carcaça de ferro fundido que era horizontal e verticalmente nervurada para formar entalhes de superfície, tornando-se a primeira das granadas de fragmentação em forma de abacaxi.
A bomba Mills, que foi construída a partir de latas de ração, empregava um pino de disparo e alavanca com mola. A alavanca, quando acionada, acendia um fusível de quatro segundos. Embora este modelo fosse preenchido com pólvora de baixa explosão, a bomba Mills foi, no entanto, um passo à frente na tecnologia de granadas de mão.

A granada alemã apareceu pela primeira vez em 1915, mas só foi aperfeiçoada em 1917. Era o conhecido masher de batatas modelo 24, que usava um fusível de tempo iluminado por um dispositivo de ignição por fricção que foi usado em ambas as Guerras Mundiais. Este modelo teve a vantagem de uma distância de projeção muito mais longa devido ao binário conseguido com o cabo de madeira oco.

Na Segunda Guerra Mundial, começaram a melhorar o desenho da granada de fragmentação. Por estas razões, uma nova classe de granada foi desenvolvida: uma granada de fragmentação de alto rendimento e alcance limitado.
Durante a Segunda Guerra, mais de 50.000.000 de granadas de fragmentação foram fabricadas pelos Estados Unidos.

Na evolução das granadas de mão americanas, o M61 tornou-se o padrão usado pelas forças americanas e canadenses durante a Guerra Fria. O M61 era uma variante da granada M26A1 sendo usada por outros países ao redor do mundo, com a exceção de um clipe adicional de segurança adicionado ao design. O clipe foi conectado à alavanca para evitar detonações acidentais se o pino da base fosse puxado inadvertidamente. Tornou-se conhecido como o Clipe da Selva, uma vez que foi projetado com base na experiência das forças americanas nas selvas do Vietnã, onde as granadas, muitas vezes, ficaram presas na vegetação rasteira.
Durante a Guerra do Vietnã, os americanos introduziram o lançador de granadas M-79 que lembrava uma grande espingarda de cano curto. O M-79 dispara vários tipos de projéteis de 40 mm, incluindo explosivos de alta potência e gás CS. O M79 pode lançar uma carga explosiva muito mais longe e com maior precisão do que uma jogada à mão.

A granada moderna atingiu um ponto de eficiência máxima e, portanto, não mudou muito nos últimos 30 anos. Enchimentos explosivos de granadas modernas são mais poderosos, mais confiáveis e menos propensos à detonação acidental do que as granadas dos séculos passados.
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Por Juliana Hembecker Hubert





