

Bauhaus e Segunda Guerra Mundial
02/03/2022 10:00
A Staatliches Bauhaus, comumente conhecida como Bauhaus (do alemão: "construir casa"), foi uma escola de arte alemã operacional de 1919 a 1933 que combinava artesanato e belas artes.
A escola ficou famosa por sua abordagem em design, que tentava unificar os princípios da produção em massa com a visão artística individual e se esforçava para combinar a estética com a função cotidiana.
As experiências catastróficas da Primeira Guerra Mundial motivaram os Bauhauslers a repensar a vida, a sociedade e o mundo cotidiano. Rejeitando o conhecimento tradicional, com a Bauhaus eles forjaram uma escola de design na qual os jovens desenvolveriam sua criatividade artística aprendendo com materiais para que pudessem dar forma à era moderna e atender às suas muitas demandas.
Ao fazê-lo, o foco estava menos na obra de arte individual do que nos objetos cotidianos que deveriam ser fabricados em colaboração com a indústria. Disso surgiu a maior parte dos produtos e edifícios mais conhecidos que continuam a influenciar a imagem da Bauhaus hoje.
A Bauhaus foi fundada pelo arquiteto Walter Gropius em Weimar. Baseava-se na ideia de criar uma Gesamtkunstwerk ("obra de arte abrangente") na qual todas as artes eventualmente seriam reunidas. O estilo Bauhaus mais tarde se tornou uma das correntes mais influentes no design moderno, arquitetura modernista e arte, design e educação arquitetônica. A escola existiu em três cidades alemãs: em Weimar (de 1919 a 1925), Dessau (de 1925 a 1932) e Berlim (de 1932 a 1933).
Porém, desde o início, a direita alemã estava de olho em Gropius e na Bauhaus. Nascida no ano revolucionário de 1919, com um manifesto estampado com uma incandescente “catedral do socialismo”, a Bauhaus parecia ser o terreno fértil dos radicais, com seus professores misteriosos artistas de vanguarda vindos do exterior, como Kandinsky, que tinha histórias de trabalho com organizações bolcheviques na União Soviética.
Seu líder visionário Walter Gropius era esquerdista, internacionalista e utópico no sentido prático; ele chegou a projetar o “Monumento aos Mortos de Março” (1922) em memória dos trabalhadores mortos ao reprimir o Kapp Putsch de direita.
No entanto, ele também era um herói de guerra alemão que, de alguma forma, sobreviveu a inúmeras experiências devastadoras no front. E embora fosse membro de organizações com tendências radicais como o Novembergruppe e o Arbeitsrat für Kunst, Gropius era tipicamente uma influência moderadora, preferindo alcançar seu progressismo através do design em vez da política, como, por exemplo, criando moradias para os trabalhadores e locais de trabalho seguros e limpos.
Porém, a medida que o apoio ao novo governo alemão crescia, a escola começou a ser vista como em desacordo com o nacional-socialismo e alunos e professores fugiram para uma nova base em Berlim. Quando Hitler se tornou chanceler em 1933, a escola foi fechada.
Levados ao exílio, muitas figuras-chave da Bauhaus emigraram para países como Estados Unidos e Israel, onde suas filosofias inspiraram gerações de arquitetos e designers.
No entanto, apesar de ser fechada, as idéias da Bauhaus continuaram a se espalhar por todo o mundo junto com os membros emigrados da Bauhaus – para os EUA, Suíça, Rússia, Israel e muitos outros países.
Fontes: keziahartanddesign, leablum, bauhaus-dessau, BBC, bauhaus, bloomberg
Por Juliana Hembecker Hubert
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