Bombardeiros líderes: Judas Goats

Durante a Segunda Guerra, a tecnologia de navegação ainda estava em um nível não muito sofisticado,e  muitas soluções práticas prevaleceram quando se tratou de organizar grandes grupos de bombardeiros para que nenhum deles fosse separado e perdido.

O esquema de cores de alto contraste tornou os aviões altamente visíveis de uma grande distância e tinha como papel servir como guias para os outros aviões que se formavam por trás deles, com formações como a ala de combate, enquanto estavam a caminho de causar estragos no núcleo industrial do Terceiro Reich.

Os aviões eram geralmente bombardeiros B24 Liberator que haviam sido considerados impróprios para o combate em missões anteriores, mas ainda estavam em condições de navegar. O uso de tais aeronaves veio pela primeira vez em fevereiro de 1944 e foi autorizado pela 2ª Divisão da Força Aérea. 

Esses bombardeiros tiveram suas armas retiradas e receberam um esquema de cores, juntamente com luzes e um arsenal de pirotecnia destinados a sinalizar os outros no ar.

Geralmente, eles eram pintados com padrões de listras, damas ou bolinhas para torná-los facilmente reconhecíveis para os bombardeiros que os seguiam.

Além de não portarem bombas, esses aviões também tiveram seus armamentos secundários removidos, em muitos casos isso incluiu até mesmo a torre de cauda. O plano era que eles ficassem por perto apenas até que a formação e o rumo da batalha fossem estabelecidos, mas se uma vanguarda de caça inimiga aparecesse em pleno voo, esses aviões eram um alvo fácil.

Como eles abandonaram a formação antes de uma batalha, os aviões foram apelidados por suas tripulações como Judas Goats.

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 Por Juliana Hembecker Hubert