Café na Guerra
14/05/2020 10:00
Café! Uma das bebidas mais apreciadas no mundo. Mas, qual foi a influência do café na Guerra?

Durante a Guerra Civil Americana, o café era o único alimento fresco que as tropas conseguiam no campo de batalha. Naquela época, as tropas tinham que assar e moer seus próprios grãos. Para facilitar o café, o Exército introduziu o primeiro café instantâneo. Chamado de "Essence of Coffee", era basicamente uma redução de café com açúcar e leite adicionados na fábrica. Tudo o que as tropas precisavam fazer era abrir uma lata e adicionar água quente.
Siga-nos no Facebook

Porém, o leite que era adicionado não era de boa qualidade, sendo assim, o Essence não tinha um gosto muito agradável. Dessa forma, o governo acabou voltando para os café em grãos.
Na I Guerra Mundial, o secretário da Marinha dos EUA, Josephus Daniels, proibiu o álcool em navios da Marinha dos EUA. Sendo assim, o café acabou preenchendo o vazio deixado pelo rum e pelo vinho.

Na II Guerra, os americanos criaram o "Caffe Americano", o qual era doses decafé expresso italiano diluidos. Os baristas italianos ofereciam uma xícara de água quente ao lado para diluir o café expresso forte. Como essa parecia ser uma solução popular, logo se tornou prática comum colocar o café em uma xícara maior e enchê-lo com água quente.
O racionamento do café em tempos de Guerra
O racionamento de alimentos foi algo muito presente nas vidas das pessoas e dos soldados em tempos de guerras. Assim como outros alimentos importantes, o café foi racionado durante as Guerras Mundiais.
Na I Guerra, o café era muito popular, embora ainda fosse considerado um item de luxo nos EUA e em toda a Europa.
Um dos maiores estoques de café era realizado em Hamburgo, mas a Grã-Bretanha e a França e seus aliados só podiam comprar de países neutros como Holanda e Suécia, que importavam café de suas colônias e ex-colônias.
Apesar de suas grandes lojas de café, os civis alemães também sofriam com a escassez de café, já que o governo comprou tudo para fornecer suprimentos para os militares.
Curta nosso Instagram
Situação parecida ocorreu na II Guerra, que, apesar da proximidade com os países produtores de café, os EUA também sofreram com a escassez da bebida.
Apesar da produção recorde de café no Brasil e em outros países da América Latina, a oferta de café nos EUA estava diminuindo como resultado da guerra.
O transporte marítimo era limitado: todos os navios disponíveis estavam sendo desviados para o esforço de guerra, e os submarinos alemães estavam patrulhando as rotas de navegação e afundando navios mercantes.
Em 1942, houve o racionamento do café. Os americanos já haviam recebido o Livro de Rações de Guerra em maio de 1942 em virtude do racionamento de açúcar, de modo que o Escritório de Administração de Preços apenas ajustou o valor dos selos.
Os selos 19 a 28 foram designados para uma libra de café durante um período especificado de cinco semanas. Uma libra a cada cinco semanas produzia menos de um copo por dia. Antes da guerra, o consumo de café nos Estados Unidos atingiu cerca de 20 libras por adulto.
Vale ressaltar que os selos de café só podiam ser trocados por familiares com mais de quinze anos.
Em um artigo da Revista Life,publicada em 30 de novembro de 1942 (LEIA AQUI), dava dicas aos apreciadores de café devido à racionamento: ou eles podiam beber metade do café bom ou poderiam "esticar" o café e continuar bebendo todos os dias. Um dos conselhos para "esticar" o café era ferver o café no fogão ou usar uma cafeteira. Ao servir café, o artigo sugeria encher a xícara parcialmente e não até a borda.
Em fevereiro de 1943, o Escritório de Administração de Preços reduziu ainda mais a ração do café, permitindo a cada pessoa uma libra a cada seis semanas em vez de cinco.
Embora os americanos tenham apoiado muito o esforço de guerra, o racionamento de café era muito impopular. Em 28 de julho de 1943, o Presidente Roosevelt anunciou que estava terminando o racionamento de alimentos, e o primeiro dos itens a sair da lista de racionamento foi o café.
Vale destacar que as pessoas tentaram achar um substituto para o café durante o racionamento. Grãos torrados, cevadas e raízes e nozes foram experimentados com graus variados de sucesso, mas nada que chegasse perto ao café. Além do sabor inferior ao ideal, nenhum desses substitutos continha cafeína.
Fontes: wearethemighty, coffeecrossroads, sarahsundin, warhistoryonlin

Se inscreva no nosso canal no Youtube!!
Também temos dois grupos de discussão sobre as Guerras no Facebook. Se você tem algum post, foto, vídeo, curiosidades sobre as Guerras, não deixe de compartilhar conosco!! Grupo Guerras e Grupo II Guerra.
Por Juliana Hembecker Hubert
Galeria de Fotos










