Honjo Masamune - a relíquia desaparecida desde a II Guerra

Considerada um tesouro nacional no Japão, o  Honjo Masamune é considerada a melhor espada samurai , que foi forjada pelo mestre ferreiro Masamune. 

O ferreiro Massamune era conhecido por fazer espadas consideradas inigualáveis em qualidade.

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As espadas criadas por Masamune eram utilizadas somente pelos melhores bushis do Japão, uma vez que Masamune tinha atingido uma técnica perfeita. Ninguém conseguiu replicar seus resultados e por isso suas espadas tem valor inestimável até os dias atuais.

O Honjo Masamune em especial recebeu o nome do general Honjo Shigenaga, que viveu durante os séculos XVI e XVII e serviu como parte do clã Uesugi do norte do Japão.

Durante a quarta batalha de Kawanakajima em 1561, Shigenaga lutou contra um general inimigo, e após uma intensa batalha, apesar de sair vitorioso, o capacete de Shigenaga acabou se dividindo em dois. Diante disso, ele pegou a espada do inimigo, dividiu o capacete em dois e acabou se tornando o primeiro general digno de possuir a espada.

Durante anos Shigenaga teve a espada em seu poder, mas no final do século XVI, ele teve que vender sua espada ao clã oyotomi, que eram os governantes do Japão na época. Quando o clã Toyotomi caiu, a espada foi pega pelo novo Shogun do Japão, Tokugawa leyasu. A partir desse momento, o Honjo Masamune tornou-se um tesouro familiar dos Tokugawas e um símbolo da Dinastia Tokugawa.

A espada tinha uma reputação tão grande que muitos acreditavam que era a razão pela qual a família Tokugawa era capaz de permanecer no poder por tanto tempo. Em 1868, o Shogunate Tokugawa caiu, mas a família conseguiu manter a espada em seu poder. A espada foi declarada Tesouro Nacional Japonês em 1939, mas, infelizmente, desapareceu do Japão para sempre durante a II Guerra Mundial.

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Assim que a rendição foi assinada, o general Douglas MacArthur começou a trabalhar como comandante supremo das potências aliadas. Ele emitiu a ordem geral número um do SCAP, a rendição imediata de todas as forças armadas japonesas. O plano de MacArthur era garantir que o Japão nunca mais pudesse entrar em guerra e a desmilitarização total e desarmamento foram fundamentais. 

Em todo o Pacífico, as cerimônias de rendição foram organizadas pelos aliados vitoriosos. Em locais de desfile em Sumatra Burma e Malaya, os soldados japoneses tiveram que entregar suas preciosas espadas aos americanos.

As espadas que foram confiscadas pelos EUA no final da II Guerra, após a rendição do Japão, nao se tratavam de armas, mas sim de heranças que estavam nas famílias durante anos. 

Em virtude desse confisco, houve uma grande manifestação contrária. Curadores de museus, colecionadores e as famílias fizeram um apelo para explicar que as espadas eram heranças e não armas, mas, no entanto, nenhuma espada foi devolvida. 

A instrução do SCAP para o desarmamento aplicava-se não apenas aos soldados da linha de frente, mas também ao povo civil do Japão.

Na época, Tokugawa Iemasa estava na posse do Honjo Masamune, e para servir de bom exemplo e ser honrado, Tokugawa reuniu todas as espadas de sua família, incluindo a Hanjo Masamune, e as levou para a delegacia de Mejiro em dezembro de 1945.

O Honjo Masamune, consequentemente, fez a viagem através do Pacífico em um navio. A partir daí, foi perdido para o esquecimento. Ninguém sabe sea espada foi derretida, se foi lançada na baía de Tóquio e deixada à deriva ou engolida pelo mar, como o destino de várias espadas ou se ela milagrosamente sobreviveu.  

Para evitar a destruição de espadas de arte, todas as lâminas de Akabane foram examinadas por um comitê de inspeção. Foi um grande sucesso, e quase 5.000 espadas foram identificadas como artefatos culturais importantes e devolvidas aos seus proprietários, mas o Honjo Masamune Katana não estava entre eles. 

Há quem acredite que a espada possa ter sido escondida e ainda esteja no Japão. Ainda há esperança de encontrar o Honjo Masamune.

Fontes:swordsofnorthshire, allthatsinteresting, historycollection

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 Por Juliana Hembecker Hubert