Johnnie Walker: Caçador de submarinos

O capitão Frederic John Walker era um oficial da Marinha Real Britânica. Walker foi o comandante de guerra anti-submarino mais bem  sucedido durante a Batalha do Atlântico e ficou conhecido mais popularmente como Johnnie Walker.

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Walker  lutou na Primeira Guerra Mundial e, com apenas 21 anos, se envolveu na batalha de submarinos que dominariam sua carreira. Em 1926, ele era oficial antissubmarino da frota nas frotas do Atlântico e do Mediterrâneo. 

Quando a Segunda Guerra Mundial começou, em 1939, a carreira de Walker parecia ter terminado. Ainda comandante, ele recebeu a promoção de capitão, mas de fato, ele havia sido programado sua aposentadoria precoce. 

No entanto, ele conseguiu uma suspensão devido ao início da guerra e, em 1940, foi nomeado oficial de equipe de operações do vice-almirante Sir Bertram Ramsay.

Enquanto Walker era capitão, ocorreu a evacuação da Operação Dínamo de Dunquerque, na qual a Força Expedicionária Britânica foi evacuada da França. 

A evacuação foi um sucesso, com mais de 330.000 soldados britânicos e franceses sendo resgatados e trazidos de volta à Inglaterra ou à Bretanha. Wlaker foi mencionado em Despatches por seu trabalho durante esta operação.

Walker recebeu seu próprio comando em outubro de 1941, assumindo o controle do 36th Escort Group, comandando da Stork. Inicialmente, seu grupo foi usado principalmente para escoltar comboios para Gibraltar. 

A primeira chance de Walker de testar seus métodos inovadores contra a ameaça do U-boat ocorreu em dezembro, quando seu grupo acompanhou o Convoy HG 76, de 32 navios. Durante a viagem, cinco submarinos foram afundados, quatro pelo grupo de Walker, incluindo o U-574. 

Em junho de 1943, o navio de Walker, Starling, foi responsável pelo naufrágio de dois submarinos. O primeiro, o U-202, foi destruído em 2 de junho, e o outro, o U-119, em 24 de junho.

Outro submarino, o U-449, foi afundado por seu grupo no mesmo dia. Uma tática de grande sucesso empregada por Walker foi o ataque rastejante, no qual dois navios trabalhariam juntos para manter contato com um U-boat enquanto atacavam. 

Em 31 de janeiro, Walker e seu grupo marcaram a primeira morte daquele ano contra o U-592 (Jaschke).

Em um período de 15 horas, em 9 de fevereiro de 1944, seu grupo de acompanhantes afundou três submarinos; U-238 (Hepp), U-734 (Blauert) e U-762 (Pietschmann). Em 11 de fevereiro, seu grupo de acompanhantes afundou o U-424 (Lüders) e 8 dias depois ele afundou o U-264 (Looks) para seu quinto barco em um único mês.

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Em março, Walker foi enviado escoltando o cruzador dos EUA Milwaukee. Ele afundou 2 submarinos naquela jornada U-653 (Kandler) e U-961 (Fischer) e no caminho de volta afundou o U-473 (Sternberg) após uma longa perseguição.

Seu último comando foi ajudar a proteger os desembarques do Dia D na Normandia contra a ameaça de submarinos na França. Durante as primeiras duas semanas críticas, nenhum submarino passou por ele e muitos foram destruídos por navios de escolta e centenas de aeronaves na área.

O capitão Walker morreu em 9 de julho de 1944 em virtude de uma trombose cerebral, no Hospital Naval de Seaforth, Merseyside , aos 48 anos. Sua morte foi atribuída ao excesso de trabalho e à exaustão.  

Seu funeral foi realizado na Catedral Anglicana de Liverpool com honras navais, com a participação de cerca de 1.000 pessoas. Uma procissão naval seguiu escoltando o corpo pelas ruas da cidade até as docas, onde foi embarcado a bordo do destróier Hesperus, para um enterro no mar.

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Em 1998, uma estátua do escultor de Liverpool Tom Murphy, do capitão Johnnie Walker foi inaugurada no Pier Head, em Liverpool.

Fonte:uboat, liverpoolecho

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Por Juliana Hembecker Hubert