O Barão Vermelho
19/09/2019 10:00
Durante a Primeira Guerra, o pilotos eram considerados cavaleiros dos céus, sendo que o mais famoso, como todos sabem, foi o lendário Manfred Freiherr von Richthofen - O Barão Vermelho, sendo que seu segredo para conseguir 80 mortes, era sua agilidade.
Porém, no dia 21 de abril de 1918, os jornais espalharam a notícia de que o capitão von Richthofen não tinha retornado de um voo de caça em Somme.
Richthofen nasceu em Wroclaw em 1892, e em 1911 entrou para o 1º Regimento Uhlan Prussiano Ocidental. Após o início da I Guerra, o jovem oficial de cavalaria liderou as primeiras patrulhas, mas o tempo da luta a cavalo acabou. Richthofen foi transferido para a força aérea, mas primeiro como observador, não como piloto. No Natal de 1915 ele recebeu sua licença de piloto.
Seus primeiros nove meses como piloto de caça passaram em 1916, em grande parte sem intercorrências. Afinal de contas: o novato Richthofen não foi abatido. Somente quando foi transferido para o esquadrão de caça do então mais importante piloto alemão Oswald Boelcke, Richthofen demonstrou seu talento.
Dois meses depois, ele conheceu o mais famoso piloto de caça britânico Lanoe Hawker. Richthofen voava em um Albatros D. II, o último modelo alemão. O seu avião era mais rápido e mais resistente que a DH-2 da Hawker. Richthofen perseguiu os britânicos por 35 minutos. Hawker tentou dispensar seu perseguidor com manobras habilidosas, mas Richthofen, apesar das manobras, se colocou em uma posição de tiro favorável. Quando as duas aeronaves estavam um pouco antes das trincheiras da frente, Richthofen podia disparar de forma precisa; Hawker foi atingido fatalmente.
Depois de sua 18ª vitória no ar, ele recebeu em janeiro de 1917, o maior prêmio de valor prussiano, a medalha azul Pour la Mérite.
Richthofen mudou do Albatros D. II para um D. V, que ele pintou de vermelho vivo, razão pela qual os britânicos o batizaram de "Red Baron" e o francês "Diable rouge" (diabo vermelho). No início de setembro de 1917 ele mudou de novo de avião: do duplo albatroz para um triplano Fokker. Esses pilotos eram conhecidos como "Circo voador" por causa da colorida pintura de seus aviões.
Oficialmente, a morte do herói da aviação alemã foi atribuído ao líder do esquadrão canadense, Arthur Roy Brown. No entanto, é provável que um dos três artilheiros da MG australiana tenha atingido Richthofen do chão. Richthofen ainda conseguiu pousar o avião e foi imediatamente levado ao posto de emergência mais próximo, mas morreu devido a ferimentos graves. Seu avião foi dividido em lembranças por soldados australiano.
Manfred von Richthofen não encontrou a paz mesmo depois de sua morte: ele foi enterrado primeiro na França, mas em várias ocasiões excitados franceses tentaram contaminar o túmulo. Em 1925, seu corpo foi exumado e novamente enterrado no Berlin Invalidenfriedhofcom todas as honras para supostamente o descanso final.
Em 1975, quando o regime do SED fechou o cemitério e liberou-o para remover a faixa de morte do Muro de Berlim, os restos mortais foram desenterrados e removidos a tempo. Hoje, Manfred e dois de seus três irmãos estão descansando no Südfriedhof Wiesbaden.
Fonte: Welt.de
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Por Juliana Hembecker Hubert
