O bunker alemão em uma estação de trem de Paris

O bunker alemão em uma estação de trem de Paris

25/03/2022 10:00

Muitos passageiros que passam pela estação todos os dias, não sabem que, bem debaixo de seus pés, entre as plataformas 2 e 3 da Gare de l'Est, fica um antigo abrigo antiaéreo de concreto da Segunda Guerra Mundial. 

Uma das estações mais movimentadas do coração de Paris, o terminal do século 19 esconde um bunker de guerra de 120 m² que foi parcialmente construído pelos franceses como abrigo antiaéreo e tomado pelos alemães durante os quatro anos de ocupação, evidenciado por inscrições nas paredes.

Após a derrota da França em 1940 e a ocupação nazista, o bunker foi requisitado pelos alemães e vestígios de sua presença permanecem, incluindo uma placa que diz 'Notausgang' (saída de emergência).

Originalmente construído alguns anos antes da Segunda Guerra Mundial para armazenamento de bagagem, o bunker subterrâneo foi reaproveitado após o início da guerra.

As fotos foram tiradas pela exploradora urbana francesa e fotógrafa conhecida como Diane da Neverends.net

O antigo bunker está muito intacto e obviamente foi  mantido pela SNCF (a empresa ferroviária nacional francesa). O espaço que poderia abrigar até 70 pessoas em caso de emergência, é composto por uma sala de máquinas, uma central telefónica e até os móveis e objetos antigos ainda permanecem, incluindo uma cama dobrável e cilindros de oxigénio em caso de ataque com gás.

Também tem uma sala também com duas bicicletas. Se a energia acabasse, a ventilação teria sido fornecida por baterias - se falhassem, qualquer um que se abrigasse no bunker deveria subir nas bicicletas e pedalar para circular o ar fresco.

“O objetivo é preservá-lo”, especialmente porque os abrigos construídos em outras estações na época desapareceram, disse a agência da SNCF responsável pelas estações.

As chances de visitar são raras, pois o bunker não foi construído para grandes multidões, mas abre para eventos anuais do Heritage Days.

Fontes: theinterrobang,messynessychic,  hindustantimes, atlasobscura

Por Juliana Hembecker Hubert

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