O chá na Segunda Guerra Mundial

O chá na Segunda Guerra Mundial

12/09/2019 10:02

Segunda Guerra Mundial, a guerra que envolveu mais de 100 milhões de pessoas e mais de trinta países, alterando o alinhamento político e remodelando a estrutura social do mundo para sempre.

Naqueles tempos caóticos, muito conforto era necessário para manter a moral. Assim, o governo britânico tomou uma decisão incomum: em 1942 comprou todo o chá preto disponível no mercado europeu em um esforço para ajudar seus soldados. 

Esses tempos desesperados exigiam medidas desesperadas, e o chá era um objeto de conforto; era fácil de fazer e saudável, lembrando os rapazes de suas casas. Mas, tinha algo por detrás disso.  A água era transportada para as linhas de frente principalmente em velhas latas de óleo, então, para mascarar o sabor, os soldados tomavam chá. Ao fazer isso, eles se mantinham hidratados, revigorados e energizados devido à cafeína do chá preto, e muito além de manter os soldados hidratados, o ato de fazer e beber chá era também um momento de união, elevando sua moral e coragem.

Beber chá era uma tradição de longa data no exército britânico, com relatos de que o chá era generosamente distribuído entre os homens na manhã da Batalha de Waterloo em 1815.

O chá era poderoso simbolicamente e praticamente. Churchill tem a reputação de ter chamado o chá de mais importante que munição. Ele ordenou que todos os marinheiros em navios tivessem chá ilimitado.

Nos campos de batalhas, os soldados construíram um "fogão", conhecido como "queimador de Benghazi". O queimador de Benghazi era feito com uma lata de aço vazio de 18 litros ou lata de biscoito. O lado de cima da lata era perfurado com buracos, e a metade inferior da lata estava cheia de areia. Quando tudo estava pronto, a gasolina seria despejada na areia e finalmente acesa. Uma segunda lata do mesmo tamanho era colocada em cima para poder ser usada como um recipiente para cozinhar.

O queimador de Benghazi tinha a vantagem de ser muito rápido e silencioso, e o fato de latas vazias, areia e gasolina estarem quase em toda parte ao seu redor significava que os soldados podiam fazer chá em segundos. Por outro lado, a areia quente às vezes explodia quando acesa, ou queimava a gasolina muito rapidamente, tornando-a um "fogão" bastante imprevisível.

Na Primeira Guerra,  os “Tommies” eram conhecidos por disparar suas metralhadoras em um fluxo ininterrupto de projéties para fazer com que os barris estivessem quentes o suficiente para colocar água, q ficar quente o suficiente para o chá. Os alemães perceberam isso, é claro, assim como fizeram o alvo fácil feito pelas tripulações de tanques, deixando a segurança de seus veículos para uma preparação.

O que distinguiam os britânicos de qualquer outra força de combate européia era que o chá em suas rotinas reduziam muito a dependência de álcool para acalmar as tropas enquanto se preparavam para a batalha, relaxando-as no final e mantendo-as sóbrias e alertas. Uma das gírias usadas pelos soldados para o chá da manhã foi "Gunfire".

O chá do exército veio como parte do kit de rações compostas do soldado e era enviado a granel, e também tinha a vantagem de ser leve e portátil, continha importantes minerais nutricionais. Adoçado com açúcar, foi animador e forneceu um impulso de energia.

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: History Online

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Por Juliana Hembecker Hubert