O Cook Book da Marinha dos Estados Unidos

Os porões dos navios, durante a II Guerra, eram fartos de comidas, uma vez que a comida sempre foi um dos elementos mais importantes da Marinha dos EUA. 

Trabalhar em navios de trabalho intensivos significava que os marinheiros queimavam mais de 4.000 calorias por dia, dessa forma, a alimentação também era importante do ponto de vista da saúde da tripulação, afinal, se a tripulação não estiver se sentindo bem, será incapaz de desempenhar suas funções. 

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Nas primeiras décadas da história da Marinha dos EUA, a qualidade dos alimentos era boa, uma vez que os marinheiros comiam carnes salgadas, pães, aveia, frutas cítricas, as quais eram embaladas com vitamina C para previnir o escorbuto, e a famosa ração de rum, quase toda armazenada em barris de madeira. 

Desde o início, as tripulações a bordo dos navios da Marinha dos EUA foram divididas em grupos, ou seja, homens que compartilhavam o mesmo espaço a bordo do navio e que comiam juntos. Entre outras razões, isso dividiu o número de homens que o cozinheiro tinha que alimentar de uma só vez, permitindo que os alimentos fossem "preparados" de forma fresca para cada grupo.

Quando os Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial, a maioria dos navios usava o sistema de refeitório.

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Havia alguns locais, como o antigo USS Texas (BB-35), cuja equipe ainda trazia a comida de volta ao compartimento de atracação, mas na maioria dos casos os homens faziam fila para uma refeição e comiam no refeitório.

O compartimento onde a comida era preparada, eram operadas pelo ramo comissário, que consistia em marinheiros sem classificação, Bakers [Bkr], Ships Cooks [SC], Ships Cooks (Butcher) [SCB] e um Comissário Chefe Steward [CCS].

A cozinha da maioria dos navios também tinha um açougue e uma padaria, sendo que a maior parte do equipamento eram enormes para acomodar as grandes porções necessárias para alimentar a tripulação. A cozinha continha fornos, grelhadores e grandes panelas a vapor chamadas "cobre". 

A Segunda Guerra Mundial viu uma expansão maciça do número de homens e navios. Isso aumentou a necessidade de comida, cozinheiros treinados e uma nova versão do livro de receitas padrão. A edição de 1945 representa a linha de frente da alimentação da tripulação de um grande navio. (LEIA o livro AQUI).

No livro de receitas, havia uma dieta equilibrada e eficiente, que abordava vários tipos de alimentos, vitaminas e seus benefícios. Cada receita é voltada para 100 porções, dando aos cozinheiros a capacidade de aumentar ou diminuir conforme a tripulação. 

Em todo o manual, há uma ênfase em servir alimentos frescos e em usar especiarias ou cores diferentes dos alimentos para acabar com a monotonia das refeições a bordo. 

Quando comparada às referições dos soldados no front, a qualidade e quantidade de alimentos servidos aos marinheiros durante a Segunda Guerra Mundial foram algumas das melhores. Grande parte dessa qualidade é refletida no livro de receitas. 

Fontes: maritime, nationalww2museum, history.navy.mil

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Por Juliana Hembecker Hubert