O navio que sobreviveu à bomba atômica

Em julho de 1946, a Marinha Americana concentrou uma grande frota no Pacífico Sul, onde cerca de 100 navios aconrarm no Atol de Bikini. Mas, não há ninguém à bordo, apenas milhares de cabras, porcos, ratos, camundongos e porquinhos da índia. 

Pouco antes das nove horas, um bombardeiro lança uma bomba atômica chamada "Gilda", em homenagem ao personagem de Rita Hayworth no filme de 1946, Gilda. Era a Operação Crossroads, que foi uma série de três testes para estudar os efeitos de armas nucleares em navios, equipamentos e materiais

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A bomba detonou quase 150 metros acima da água, provocando uma tempestade de cerca de 100.000 graus Celsius e uma tremenda explosão. O "USS Gilliam" esmaga a força destrutiva no fundo do mar, navios queimaram e suas superestruturas foram deformadas.

Um navio, no entanto, sobrevive à esse teste: era o USS Prinz Eugen, um cruzador pesado da classe Almirante Hipper,  lançado em 1938 como parte de um ambicioso programa de construção em tempos de paz destinado a levar o Kriegsmarine a termos iguais aos da Marinha Real. 

O Prinz Eugen foi a única unidade de superfície pesada do Kriegsmarine a sobreviver intacta na Segunda Guerra Mundial.

Em 27 de maio de 1945, Prinz Eugen e o cruzador leve Nürnberg - os únicos grandes navios navais alemães que sobreviveram à guerra em condições de serviço.s Estados Unidos não queriam particularmente o cruzador, mas queriam impedir que a União Soviética o adquirisse. 

O navio foi rebocado para o Pacífico pelo Canal do Panamá e acabou sobrevivendo a duas explosões de bombas atômicas. Ele estava ancorado a cerca de 1100 metros do epicentro de ambas explosões, sendo apenas levemente danificado. 

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Com o corte de gastos, a Operação Crossroads foi encerrada e o Prinz Eugen foi rebocado para o atol de  Kwajalein, a fim de continuar a observar sua radioatividade.

No final de dezembro de 1946, o navio estava em péssimas condições e uma equipe da Marinha dos EUA tentou encalhar o navio para impedir que ela afundasse, mas em 22 de dezembro, Prinz Eugen afundou.

A popa do navio, incluindo seus conjuntos de hélices, permanece visível acima da superfície da água. E, apesar do fato de a radiação ter diminuído, ainda existe um perigo: até três milhões de litros de óleo nos depósitos de combustível do navio em decomposição são uma ameaça para as pessoas e o meio ambiente. 

Fontes: spiegel, ww2db, airforcemag, prinzeugen

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Por Juliana Hembecker Hubert