

O soldado vítima de um acidente nuclear
24/08/2022 10:00
Há apenas um túmulo radioativo no Cemitério Nacional de Arlington e este pertence a Richard McKinley, que teve a infelicidade de ser um dos três soldados a serem as primeiras vítimas de um acidente nuclear nos Estados Unidos.
Em uma noite fria de 1961, a cerca de 65 quilômetros a leste de Idaho Falls, ocorreu um desastre nuclear. O reator, chamado SL-1 que fazia parte de um protótipo de usina nuclear foi projetada para os militares, onde o Exército queria usar energia nuclear para abastecer algumas de suas estações de radar distantes, então os engenheiros projetaram a usina para ser fácil de operar, transportar e montar. O reator, alojado dentro de um grande silo de aço, era alimentado por placas de combustível enriquecidas com urânio.
Porém, em 3 de janeiro de 1961, um pequeno BWR experimental de 3 MW chamado SL-1 (Planta Estacionária de Baixa Potência No. 1) foi destruído quando uma haste de controle foi removida manualmente. Às 21h01, os alarmes soaram nos quartéis de bombeiros e na sede de segurança da Estação Nacional de Testes de Reatores dos EUA, onde o reator estava localizado.
Logo depois de soar os alarmes, os físicos chegaram com roupas de proteção, respiradores e detectores de radiação. Finalmente, dois homens conseguiram chegar ao local da explosão e viram que o chão estava coberto de água do reator e cheio de pedaços de equipamentos quebrados. Um dos trabalhadores, Jack Byrnes, estava morto, e McKinley estava deitado no chão gemendo. O terceiro operador, Richard Legg, não estava à vista.
Os socorristas se reuniram do lado de fora para formular um plano de resgate. Eles sabiam que McKinley provavelmente não sobreviveria, mas eles tiveram que tentar um resgate de qualquer maneira. Quatro homens correram com uma maca, carregaram McKinley para um caminhão e depois o transferiram para uma ambulância. McKinley morreu alguns minutos depois. Sem saber exatamente o que fazer com o corpo altamente radioativo, a equipe de resgate pediu ao motorista da ambulância que estacionasse o veículo no deserto, longe da rodovia. Lá, eles envolveram o corpo em cobertores de chumbo para que McKinley pudesse ser levado para um local mais seguro.
Nos meses seguintes, uma equipe de especialistas trabalhou para descontaminar o local desmontando a planta e removendo-a, peça por peça.
Um exame cuidadoso dos restos do núcleo concluiu que a haste de controle foi retirada manualmente em cerca de 50, aumentando em grande parte a reatividade. A oscilação de energia resultante fez com que a potência do reator atingisse 20.000 MW em cerca de 0,01 segundos, fazendo com que o combustível tipo placa derretesse.
A explosão matou dois especialistas do Exército e um eletricista da Marinha. Um dos especialistas do Exército, Richard McKinley, teve seu corpo tão contaminado, que foi enterrado em um caixão forrado de chumbo, coberto de cimento e colocado em um cofre de metal antes do enterro. A sepultura especial está agora no Cemitério Nacional de Arlington, onde está sob vigilância especial, incapaz de ser movida sem permissão da Comissão de Energia Atômica dos EUA.
Fontes: offtherecordtours, earthmagazine, militaryhallofhonor, wearethemighty, billiongraves, arlingtoncemetery, findagrave
Por Juliana Hembecker Hubert
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