Oradour-sur-Glane

Oradour-sur-Glane

07/06/2019 10:00

Para a França, o massacre em Oradour-sur-Glane foi um trauma. Na Alemanha, ninguém ouvi falar sobre esse fato. No dia 10 de junho de 1944, os soldados alemães extinguiram a aldeia em Oradour-sur-Glane, sendo que 642 pessoas foram mortas e a vila parou no tempo. 

Oradour-sur-Glane era uma pequena vila no meio da França, que ficava cerca de 20 km de Limoges. Na noite de 10 de junho, soldados da SS invadiram a pacata vila e, em poucas horas, 642 civis foram assassinados, a vila foi saqueada e depois incendiada. 

Às 14 horas, os soldados da SS circularam na vila reunindo seus habitantes na praça do mercado. Os homens foram separados das mulheres e das crianças, sendo que essas últimas foram levadas para a Igreja. Os homens, por sua vez, foram levados para vários celeiros, onde os soldados fuzilaram-os e depois incendiaram os locais de execução. 

Os soldados da SS que não participam dos assassinatos, de quatro a cinco homens de cada pelotão, percorrem a aldeia saqueando dinheiro, levando dinheiro e jóias, tecidos e produtos alimentícios, instrumentos musicais e bicicletas, mas também aves domésticas, porcos, ovelhas e bezerros. 

Terminado os saques, os edifícios são queimados. Muitos moradores que estavam escondidos e escaparam do ataque foram massacrados individualmente ou em grupos pequenos.

 

A Igreja

As mulheres e crianças que foram levadas para a Igreja, houve uma sobrevivente: Marguerite Rouffanche. Ela, juntamente com suas duas filhas e mais 400 pessoas, presenciaram os soldados colocarem uma caixa em frente do altar. Uma fumaça preta começou a sair daquela caixa. O caos se iniciou quando todos tentaram escapar do gás mortal. Rouffanche fugiu com suas filhas para a sacristia, onde viu suas filhas morrerem pelo gás, mas, felizmente, ela acabou se salvando quando o vitral quebrou.

 

Mas, por que houve esse massacre?

O grupo de reconhecimento e dois regimentos de Panzergrenadier, investem na região de Limoges para se posicionarem. Para ter o apoio da população por meio do medo de retaliação, a SS prepara uma ação com o máximo de terror. As razões para a escolha de Oradour continuam obscuras, em virtude do desaparecimento dos cidadãos e dos documentos. 

Por volta das 13h30, duas colunas deixam Saint-Junien, a maior delas, que compreende oito caminhões, dois veículos blindados e um motociclista de ligação, tomando a direção de Oradour-sur-Glane; ele é controlado pela Sturmbannführer Adolf Diekmann, que toma a ponta do comboio a bordo de um blindado monitorado.

 

Um quilômetro antes de chegar à aldeia, a coluna parou para distribuir ordens aos oficiais e suboficiaisUm primeiro grupo de cinco a oito veículos entraram na aldeia do leste através da ponte Glane. Às 13h45min começou o cerco da cidade, que  foi feito por, aproximadamente 120 homens

As pessoas da aldeia, que nunca tinham visto alemães da SS, estavam mais com curiosidade do que com medo.No entanto, muitas pessoas tentaram fugir ou esconder. 

 

Após 18 horas, um engenheiro ferroviário, Jean Pallier, chega de caminhão à vista da aldeia. Ele diz: "No topo de uma colina, podíamos ver a aldeia que não passava de um enorme incêndio". Cerca de 40 outras pessoas sobreviveram aos assassinatos em Oradour de muitas maneiras diferentes. 

Até o início dos anos 60, os moradores observam um luto permanente e Oradour é uma cidade morta e suas ruínas permanecem intactas. A cidade permaneceu assim sob as ordens do presidente da França, Charles de Gaulle, após o fim da guerra, como símbolo de memória das atrocidades cometidas.

 

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 Por Juliana Hembecker Hubert