Pickelhaube

Pickelhaube

14/09/2020 10:00

O capacete Pickelhaube (do alemão Pickel = "ponta", e Haube = "boné"), é um capacete confeccionado em couro envernizado com uma ponteira característica e guarições em metal. Esse tipo de capacete era usado pelos militares, bombeiros e policiais alemães nos séculos XIX e XX.

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Desenhado originalmente em 1842 pelo  Frederico Guilherme IV da Prússia, os primeiros modelos usavam uma ponteira com crineira (grande quantidade de crina) e foi introduzido para o uso da infantaria, granadeiro, fusilier, artilharia, pioneiro, jaeger prussiana em outubro de 1842, e desde então, o modelo se espalhou rapidamente entre os alemães e acabou se tornando padrão do Exército Imperial Alemão a partir de meados do século XIX até o início da Primeira Guerra Mundial.

O emblema da frente de "Regimentos da Linha" era a águia heráldica da Prússia. Os Regimentos da Guarda usavam uma águia alada com a estrela de prata da Ordem da Águia Negra no peito da águia. Os regimentos granadeiros usavam a águia heráldica com o monograma real entrelaçado “FWR” no peito das águias. 

Em 1886, todos os estados alemães adotaram o Pickelhaube. O Pickelhaube tornou-se um traje de cabeça tão popular no final da década de 1890 que muitos países adotaram sua própria versão do capacete cravado. Esses países incluem Suécia, Noruega, Romênia, Dinamarca, Espanha, Portugal, Grã-Bretanha, Brasil, Chile, Equador, Peru, México, Ducado de Parma e Estados Unidos.

Durante a I Guerra Mundial

Quando os alemães entraram na I Guerra Mundial, os soldados usaram o Pickelhaube de couro.  Após a entrada inicial na França, o Alto Comando Alemão percebeu que eram necessários mais homens para alcançar a vitória sobre os Aliados, e diante disso, milhares de capacetes foram fabricados no início da guerra para atender às necessidades do exército. 

Rapidamente, a extrema demanda e redução de matérias-primas disponíveis levaram ao uso de materiais de substituição. O couro em falta devido ao embargo marítimo aliado deixou muitos fabricantes de capacete sem a capacidade de cumprir seus contratos militares.

Para atender a essa demanda, feltro prensado, papel maché, fibra sintética, cortiça e estanho estampado substituíram o corpo do capacete de couro. 

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Também logo ficou claro para o Alto Comando Alemão que o capacete pontiagudo era impraticável para uso nas trincheiras. O design final do capacete mudou, o Modelo 1915, substituiu a guarnição de metal brilhante pela guarnição de aço pintada em cinza fosco ou oxidada quimicamente para todos os capacetes de emissão.

O Pickelhaube foi projetado e criado em uma época de uniformes coloridos, grandes desfiles, mas infelizmente, não serviu muito bem ao soldado alemão em tempos de guerra de trincheiras. 

As tropas no campo exigiam mais proteção do que o capacete de couro poderia oferecer. No início de 1916, o capacete de aço foi introduzido nos soldados da linha de frente. 

Quase imediatamente o  Pickelhaube desapareceu do uso ativo nas trincheiras, mas continuou a encontrar uso entre o escalão de retaguarda e as tropas domésticas, uma vez que muitos oficiais se recusaram a desistir do símbolo do antigo exército e continuaram usando o capacete até o fim da guerra.

 

Curiosidades:

-O pickelhaube foi adotado para o Exército Brasileiro em 1889, objetivando diferenciar os uniformes da República em relação aos do período do Império.

- Em 1890 e 1894 foram feitas novas modificações; sendo adotados revestimentos coloridos nos capacetes, e inseridos modelos com cimeira e crineira para a cavalaria, artilharia de campanha, e bandas de música.

- O Regimento de Segurança do Paraná (PMPR) adquiriu em 1913 o modelo tradicional com ponteira; a qual podia ser substituída por um adorno de crineira. Essa crineira era vermelha para a infantaria e branca para a cavalaria. 

-O tradicional capacete de bombeiro militar brasileiro é também uma variação do pickelhaube.

Fontes: iwm, militarytrader

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Por Juliana Hembecker Hubert