Transfusões de sangue na I Guerra
25/05/2020 10:00
Antes da Primeira Guerra Mundial, a transfusão de sangue era um procedimento raramente realizado e arriscado. Na véspera da guerra, o desenvolvimento científico em relação à tecnologia de transfusão progrediu, tornando-a um procedimento mais viável. As taxas de sobrevivência nas linhas de frente aumentaram à medida que novas técnicas de transfusão foram dominadas.
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A primeira transfusão de sangue conhecida ocorreu logo após o médico britânico William Harvey descobrir a circulação sanguínea em 1628. Desde aquele período até a Primeira Guerra Mundial, as transfusões de sangue eram praticadas em humanos, cães e outros animais. Em 1665, Richard Lower realizou uma transfusão de sangue cão-a-cão com sucesso. O Dr. Jean-Baptiste Denys, médico do rei Luís XIV da França, realizou várias transfusões de animal para humano no século XVII. Em 1665, ele transfundiu o sangue de ovelha no corpo de um garoto de 15 anos e freqüentemente transfundiu sangue de bezerro no corpo de Antoine Mauroy. Procedimentos iniciais como esses costumavam ser bem-sucedidos, uma vez que pequenas quantidades de sangue eram transfundidas, mas mais tarde foi descoberto que misturar espécies poderia causar uma reação alérgica e ter resultados negativos.
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As transfusões de sangue tornaram-se mais comuns como resultado dos horrores da Primeira Guerra Mundial. Novas descobertas e aumento da demanda pela prática impulsionaram o procedimento.

Norman Miles Guiou, médico do Exército Canadense, foi um dos pioneiros na transfusão de sangue durante a Primeira Guerra Mundial. As técnicas simples de Guiou ajudaram a salvar as vidas de soldados feridos que, de outra forma, teriam morrido de perda de sangue e choque.
Guiou transfundiu sangue diretamente de doadores para homens feridos usando tubos ou uma seringa. Isso significava que a transfusão poderia ocorrer próximos às linhas de frente, permitindo que os feridos recebessem sangue mais cedo e reduzindo o risco de morrer no caminho para unidades de atendimento especializadas mais atrás das linhas.

As transfusões de Guiou nem sempre foram bem-sucedidas, mas marcaram uma importante evolução na cirurgia de combate.
A descoberta de anticoagulantes melhorou a capacidade de armazenar sangue. Em 1914, o citrato de sódio demonstrou ser um anticoagulante eficaz e Jay McLean descobriu a heparina em 1916. A capacidade de armazenar sangue por períodos mais longos sem coagular significava que o sangue poderia ser armazenado em depósitos para facilitar o acesso e transfusões.
Anteriormente, o sangue era retirado recentemente de um doador e transferido quase imediatamente para o paciente. Robinson mostrou que, para salvar vidas e tempo, era muito melhor armazenar sangue pronto para uso imediato. Embora essa abordagem tenha sido vista em grande parte apenas nas forças armadas até a década de 1930, esses 'bancos de sangue' acabaram se espalhando para a vida civil e agora são essenciais nas instalações médicas em todo o mundo.

O trabalho do capitão Robinson, e aqueles que vieram antes dele, no tratamento de pacientes durante a Primeira Guerra Mundial, são responsáveis pela vida de milhões de pessoas que dependem de doação e transfusões de sangue todos os dias.
Fontes: museumofhealthcare,kumc, ncbi, eastsussexww1
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Por Juliana Hembecker Hubert
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