Uma imagem e sua história: Festa de Natal em 1941

Jaegar enterrou as fotos em uma jarra de vidro no final da guerra e elas permaneceram escondidas lá por 10 anos até 1955, quando ele as transferiu e cerca de 2.000 outras imagens para um cofre de banco.

O Natal nazista estava longe de ser tradicional. Depois de tomar o poder em 1933, os ideólogos nazistas inicialmente renomearam o festival de Natal Julfest e propagaram suas origens germânicas como a celebração do solstício de inverno. Esses ideólogos também alegaram que os elementos cristãos do feriado haviam sido sobrepostos às antigas tradições germânicas. Eles argumentaram que a véspera de Natal originalmente não tinha nada a ver com o nascimento de Jesus Cristo, mas celebraram o solstício de inverno e o 'renascimento do sol', que a suástica era um antigo símbolo do sol e que Papai Noel era um cristão, reinvenção do deus germânico Odin.

Assim, foram feitos cartazes de fim de ano para representar Odin como o “Homem do Natal ou do Solstício”, montando um carregador branco, ostentando uma grossa barba grisalha e usando um chapéu de aba larga, carregando um saco cheio de presentes. 

Outras mudanças foram feitas na manjedoura, que foi substituída por um jardim de Natal contendo cervos de brinquedo de madeira e coelhos; Maria e Jesus também foram retratados como uma mãe e filho loiro.A árvore de natal também foi alterada. Os nomes tradicionais da árvore, Christbaum ou Weihnachtsbaum, foram renomeados na imprensa como abeto, árvore de luz ou árvore de Jul. A estrela no topo da árvore era às vezes substituída por uma suástica, uma “roda solar” germânica ou uma runa Sig.

Canções natalinas também foram atualizadas. As palavras para "Noite Silenciosa" foram alteradas de modo que não fizessem referência a Deus, a Cristo e à religião. As palavras também foram mudadas para o hino “Até nós chegou a hora” para remover referências a Jesus. A versão modificada do hino foi usada por vários anos na Alemanha pós-guerra.

 Por Juliana Hembecker Hubert