

Godless e o Velho Oeste
20/06/2019 10:00
Quem é fã do velho oeste com certeza já conhece a série Godless, QUE ESTÁ NA NETFLIX.
E, para quem não conhece, vale a pena conhecer.
Fazia algum tempo que eu tinha vontade de assistir Godless. Gosto do tema faroeste, mas quando era criança, a maioria dos filmes e gibis se passavam no velho oeste e o tema ficou meio batido para mim. O que me motivou realmente ver o seriado, foi o fato da Michelle Suzanne Dockery, que fez a Lady Marry em DowtonAbbey, (tem post aqui Post DowntonAbbey) estar atuando nessa série. Acho essa atriz linda e de muita qualidade! Quando vi o trailer desse novo projeto, fiquei curioso, pois a Alice Fletcher é totalmente oposta da Lady Marry, e finalmente essa semana fui assistir e gostei bastante!
Para quem não é muito familiarizado com o Velho Oeste, ele se passa ali, entre os anos de 1860 a 1890, quando os Estados Unidos começam a sua expansão para o Oeste, um local então habitado por índios que estavam sendo obrigados a se deslocar das suas terras, pois o avanço dos americanos era muito grande e vinham pessoas de todas as etnias e estados em busca de riqueza ou de uma nova oportunidade. Nessa época, a evolução das indústrias, comunicações, agriculturas e ferrovias eram gigantescas e, outra atividade que atraia muitos investidores e homens, era o garimpo de minas com pedras preciosas. E é bem nesse gancho que a série começa.
A princípio a série era para ser um filme, mas ao apresentar o projeto, foi definido que ele seria melhor apresentado em uma mini série de sete episódios. Quem criou a série foi Scott Frank e foi produzida especialmente para a Netflix. As gravações foram na cidade de Santa Fé, no Novo México, em setembro de 2016. Porém a série somente foi lançada em novembro de 2017 .
A História.
A história é muito bem desenhada e consegue prender você logo nos primeiros minutos. Geralmente, nos seriados ficamos aqueles primeiros 10,15 min perdidos até se familiarizar com o cenário e com os personagens. O mesmo não ocorre em Godless. A familiarização é rápida e, em menos de 30 minutos, você já sabe o que é e quem são os personagens e suas histórias.
A série se passa na cidade de La Belle, Novo México, no ano de 1884 e, logo de início você já tem contato com personagens importantes como:
Frank Griffin (Jeff Daniels), também conhecido como Loide de Debi e Loide. Pois é! Um ator que sai do cômico ao drama é no mínimo fantástico e ele está muito bem no papel do bandido Frank.
Roy Goode (Jack O'Connell). Acredito que o filme mais famoso que ele tenha feito foi "300" em 2014, mas devo confessar que não conheço o trabalho deste ator. Você conhece? Deixa nos comentários alguma sugestão de filmes dele.
Alice Fletcher (Michelle Dockery). Ela ficou conhecida por interpretar a Lady Mary em Downton Abbey e ela esta fantástica como Alice.
Os atores estão dando um banho de interpretação, o que é muito bom para manter a concentração na temática e na história.
A série foge daquele clichê de brigas nos bares e bang bang no meio da rua (não que não tenha), mas não é o foco principal. O foco está na luta das mulheres que perderam seus maridos nas minas e agora tem que sobreviver em uma cidade agitada pelos bandidos que querem Roy Goode e dos empresários que estão de olho nas minas, ou seja, um drama totalmente diferente do que estamos acostumados a ver no cenário de faroeste.
Segunda Temporada
Então, é lamentável se apegar aos personagens e histórias e quando acaba fica aquele vazio. E com Godless não é diferente: acabou e acabou...ou pelo menos é o que achamos. A princípio, quando projeto foi apresentado e sugerido em ser feito em mini série, Scott falou que toparia, desde que não tivesse uma sequencia. E, até agora esse pacto está sendo seguido. Não se tem informações até agora sobre uma nova temporada. O que não consigo entender essa questão de séries e filmes únicos! O que é bom deve ser explorado, quantas séries e filmes ruins que vemos e chove sequência! #lamentável.
Então, para quem gosta de Velho Oeste vale a pena ver um novo conceito de faroeste e para que não gosta, vale a pena também dar uma chance para essa série!
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Por Murilo Hubert Schenfeld