Os gatos nas Guerras
17/09/2019 10:00
O ano é 1914, os soldados do Regimento Canterbury estão em Lyttelton prontos para embarcar em um navio com destino ao front. Um soldado está com um gato em seu ombro, talvez um companheiro para a longa viagem.

Os gatos há muito tempo estão entre os guerreiros e viajantes. Durante os séculos VIII ao XI, os Vikings eram conhecidos como pessoas que viajavam através dos mares, seja por comércio ou para invasão. Diziam que os eles possuíam animais de estimação para várias finalidades. Além dos cães, os gatos eram provavelmente um dos animais preferidos. Há várias evidências mostrando que os vikings estavam diretamente em contato com os gatos, mas como estes não eram animais de fazenda, a suposição feita por historiadores é de que os gatos eram os animais de estimação desse povo.

Gallipoli - 1915
Como os vikings passavam maior parte do ano em um navio, eles costumavam levar seus bichanos para caçar os ratos, atuando, dessa forma, como companheiros e protetores. E esse fato acabou não mudando muito. Os gatos de navio cumpriam o dever de caçar os ratos e camundongos que viviam nas embarcações e que, de alguma forma, comiam e contaminavam os suprimentos dos soldados e também arruinavam os alojamentos.
Uma história já contada aqui na Zheit é sobre o gato Simon, um pequeno gato preto e branco do HMS Amethyst da Marinha Real Britânica. (leia mais AQUI).

Outra história desses gatos de guerra é do gato Oscar, que viveu no encouraçado alemão Bismarck na Segunda Guerra Mundial. Quando o navio afundou em 1941, o gato foi um dos poucos sobreviventes, apanhados pelo destróier britânico Cossack quando ele flutuava em uma prancha.
A partir de então, dado o nome Oscar, o gato trocou de lado e serviu a Marinha Real. Mas Oscar teve mais conflitos pela frente: o destróier britânico afundou, e novamente o gato sobreviveu e foi trazido para a costa em Gibraltar. Oskar, agora com novo nome, conhecido como Sam Inafundável (Unsinkable Sam), recebeu novas tarefas no porta aviões Ark Royal. Mas, advinhe só, esse também acabou sendo torpedeado e afundou, e novamente, Sam conseguiu se salvar. Essa foi a última embarcação de Sam, sendo que, após seu resgate, ficou vivendo em terra firme, onde foi levado para uma casa de marinheiros em Belfast, onde viveu até 1955.

Outro gato marinheiro é Blackie, o gato do navio HMS Prince of Wales, que levou Churchill através do Atlântico, onde secretamente se encontrou com o Presidente Roosevelt. Quando Chruchill se preparou para desembarcar do navio, inclinou-se para se despedir de Blackie, sendo que esta foto foi divulgado pela mídia. Depois desse fato, Blackie foi renomeado para Churchill.

O gato Churchill sobreviveu ao naufrágio do navio HMS Prince of Wales no final de 1941, sendo que ele foi levado para Singapura com os sobreviventes. Seu paradeiro ficou desconhecido deste então.
Estima-se que na Primeira Guerra Mundial, meio milhão de gatos foram trazidos para as trincheiras da Europa e da Turquia, novamente como caçadores de ratos, mas também como animais de estimação.

Mascote Snowy - França 1918.
Há uma história de Pitoutchi, um gato nascido nas trincheiras e adotado por um soldado belga. Um dia, o soldado encontrou tropas alemãs em patrulha. Ele esperava que os alemães não o vissem no buraco onde ele se escondia, mas ele ouviu alguém dizer "Ele está no buraco". Nesse momento, Pitoutchi saltou do buraco para um pedaço de madeira. Os alemães atiraram no gato, erraram e riram que tinham confundido um gato com um soldado inimigo. Os soldados foram embora e as vidas do soldado e de Pitoutchi foram salvas.

Nos dias de hoje, a Marinha Real proibiu gatos e outros animais de estimação de todos os navios no oceano em 1975 por motivos de higiene, mas os gatos ainda são vistos nas embarcações particulares.

No navio americano Hermione, na Segunda Guerra Mundial, o gato Convoy era um dos pilares da tripulação. Então ele recebeu um kit completo, incluindo uma rede

Pincher foi mascote do HMS Vindex durante a Primeira Guerra Mundial. Ele é retratado na hélice de um dos hidroaviões transportados pelo navio.

Miss Hap', uma gatinha de duas semanas se alimenta de leite dada pelo sargento dos EUA, Frank Praytor.

Um soldado da Nova Zelândia no Vietnã e seu felino de estimação.
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Por Juliana Hembecker Hubert





